Mini Crônica

Imagine que somos heróis e tolos ao mesmo tempo. Podemos recolher uma alma perdida, um estranho na rua, mas não conseguimos dizer obrigado a um irmão; nossa mãe. Oferecemos prêmios, mas falamos metáforas para sentar-nos a mesa do jantar.
Basta de correr atrás da compreensão do hermetismo absurdo de um estúpido dia-a-dia. Por que fazer concessões, por que contemporizar se isso só fortalece os tolos e enfraquece a razão. O óbvio não existe mais. Morreu sufocado pela dissimulação formalizada.
Quero dizer que não entendo. Chega de dizer que é normal. É a anormalidade do interesse egoísta da multiplicidade enjoada de universos individualistas. Desprezar o fraco por uma submissão exigida. Ordenar um entendimento que não se deseja. Querer sem precisar, salvar sem se importar é o ar a construir moinhos.
07.abril.2004
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