Arquetipos e Imagens Universais

E a tarde na foto desbotou. Virou verão de janelas abertas e cheiro de lençol secando ao sol. Guarda-roupas mudam de tom. Cadeiras abraçam em novos formatos. Lembranças são tais que quebram e conquistam.

domingo, 1 de agosto de 2010

Moinhos de Ventos

Mini Crônica


Imagine que somos heróis e tolos ao mesmo tempo. Podemos recolher uma alma perdida, um estranho na rua, mas não conseguimos dizer obrigado a um irmão; nossa mãe. Oferecemos prêmios, mas falamos metáforas para sentar-nos a mesa do jantar.

Basta de correr atrás da compreensão do hermetismo absurdo de um estúpido dia-a-dia. Por que fazer concessões, por que contemporizar se isso só fortalece os tolos e enfraquece a razão. O óbvio não existe mais. Morreu sufocado pela dissimulação formalizada.

Quero dizer que não entendo. Chega de dizer que é normal. É a anormalidade do interesse egoísta da multiplicidade enjoada de universos individualistas. Desprezar o fraco por uma submissão exigida. Ordenar um entendimento que não se deseja. Querer sem precisar, salvar sem se importar é o ar a construir moinhos.

07.abril.2004

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