Arquetipos e Imagens Universais

E a tarde na foto desbotou. Virou verão de janelas abertas e cheiro de lençol secando ao sol. Guarda-roupas mudam de tom. Cadeiras abraçam em novos formatos. Lembranças são tais que quebram e conquistam.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Amálgama

Poema



Caixa de carne carrega
concentrado universo
Pedaços estranhos,
sentimentos velados
transformados de
vozes e vazio.

Presença efêmera pelo
ar exalado a cada
confirmação de que
não sabemos. Ecos
intensos e tão
mortos quão
um dia seremos.

Terríveis lembranças,
música contínua de
um futuro irresistível.

Queimam na chama
consumidos sem
nunca, em sua maioria,
utilizar todo o potencial
da flama.


Um comentário:

  1. Belíssima postagem! Mais uma vez!

    Parabéns pelo seu talento e sensibilidade em descrever com poucas palavras a mente e a profundidade da alma humana... Nossa "presença efêmera" e a nossa chama que queima sem utilizar todo o potencial, descreve perfeitamente o reconhecimento que temos que ter da nossa pequenez e limitação humana, mas sem esquecermos a potencialidade da nossa inteligência quando não está separada da busca pelo que é espiritual, belo e elevado.

    É um imenso prazer visitar seu blog.

    Alexandre Azevedo

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