Segunda-feira, 19 de março de 2012
Peregrino descalço, buscador
dos enigmas encerrados nas nuvens
coleta nos bolsos invisíveis canções
de sereias, risadas de crianças,
conversas de amigos e palavras recém-nascidas.
Movimenta-se constantemente numa velocidade
esquecida pelos homens, em um ritmo tão secreto
que a urgência da alvorada apenas as cores
conhecem.
Muito bem! Aí está! Eis que fui eu
e não sou mais, dizem suas mãos
quando conta os tesouros que
colecionou.
Todas as horas são suas favoritas,
mas o amanhecer é o único que conta
sua história preferida.
Bom dia, eu disse a ele. Esta é a sua
poesia. Guarde-a nos seus bolsos invisíveis.
E fui embora com o vento.
0h37
20 março de 12
Terça-feira