
Poema
Memória marcada pela caneta,
meio estranho de palavras comuns.
Voltas sem retorno às horas passadas,
vagar furtivo em imagens que não estão mais.
A caçula cresceu,
A do meio casou.
Um José se foi,
Um José chegou.
Uma mãe tornou-se avó
e a tarde na foto desbotou,
virou verão de janelas abertas
e cheiro de lençol secando ao sol.
Guarda-roupas mudam de tom,
cadeiras abraçam em novos formatos.
Lembranças são tais que quebram
e conquistam.
Apertam e lançam ao ar
beijos, assobios,
cabelos, folhas
e danças.
06.março.2010 - 21h00
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