Arquetipos e Imagens Universais
quinta-feira, 22 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
Para nunca saber

- Vermelho?, perguntou-me certa vez. - Não, respondi sorrindo.
- Verde como as folhas das samambaias?, insistiu. Decidi continuar o mistério.
- Azul como o céu nesta tarde?, olhou-me curioso outro dia. Rí com vontade e sacudi a cabeça.
E assim recebia lenços, flores, anéis de belas e inusitadas cores. Se depender de mim nunca saberá a cor que acelera meu coração e deixa leve minha alma. Quero que eternamente adivinhe. Não há maneira mais deliciosa de saborear uma surpresa: um segredo meu para mim.
25 julho 2007
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Madalena e eu

Ofereceram-me pétalas para beber.
Conversaram comigo em silêncio
sentados em um banco da noite.
No mundo dos anjos
meus ossos quebram
No mundo dos homens ando
e meus cabelos tornam-se brancos.
Compro flores, respiro como
se tivesse oito anos.
Vozes de mulheres me contam
de Afrodite e amor divino
A noite parece permanente e
me faz pensar no Sol, nos anjos
e no seu segredo das rosas.
O sono conduz e a vida
pode começar outra vez.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Sala de Espera

segunda-feira, 12 de julho de 2010
Por que Neruda? Why Neruda?

O mestre responde:
The poet answers:
Português
Teu riso pertence a uma árvore entreaberta
por um raio, por um relâmpago prateado
que do céu tomba quebrando-se na copa,
partindo em duas a árvore com uma só espada.
Nas terras altas da folhagem com neve apenas
nasce um riso como o teu, bem-amante,
é o riso do ar desatado na altura,
costumes de araucária, bem-amada.
Cordilheirana minha, chillaneja evidente,
corta com as facas do teu riso a sombra,
a noite, a manhã, o mel do meio-dia,
E que saltem ao céu as aves da folhagem
quando como uma luz esbanjadora
rompe teu riso a árvore da vida.
Español (original)
Tu risa pertenece a um árbol entreabierto
por um rayo, por um relâmpago plateado
que desde El cielo cae quebrándose em La copa,
partiendo
Solo em las tierras altas de follaje com nieve
nace uma risa como la tuya, bienamante,
es l
costumbres de araucária, beinamada.
Cordilerana mía, chillaneja evidente,
Corta con los cuchillos de tu risa la sombra,
la noche, la mañana, la miel del mediodía,
Y que salten al cielo las aves del follaje
cuando como una luz derrochadora
rompe tu risa el árbol de la vida.
English
Your laugh belongs to a tree fissured in two
by a lightning streak, by a silver bolt
that drops from the sky, splitting the poll,
slicing the tree with its sword.
A laugh like yours is born only in the snow
and the foliage of the highlands, my love
the air’s laugh that burts loose in the height,
Araucanian tradition, my dearest.
My mountain woman, my clear chillaneja,
slash your laughter through the shadows,
the night, morning, noon’s honey,
Birds of the foliage will leap in the air
when your laugh like an extravagant
light breaks the tree of life.
Cien Sonetos de Amor
Soneto/Sonnet LI
Pablo Neruda
sábado, 10 de julho de 2010
Margarida Muda


