'Refugiam-se da vítima tinta que insiste em delatar devaneios.'
Quem busca um refúgio longe da delatora tinta, pobre vítima insistente? O pensar. A tinta é vítima de uma urgência que vem além da sua flexibilidade. O coração quer entender, precisa e exige. Torturador torturado pressiona a tinta pelos segredos que os pensamentos recusam-se a revelar. À tinta permite a dor apenas devaneios.
Em devaneios a tinta vai mergulhando o coração na tortura, enquanto os pensamentos se escondem cada vez mais inacessíveis. Não sabem que a alma deseja apenas voar.
08 maio 2012 - 17h09
Arquetipos e Imagens Universais
E a tarde na foto desbotou. Virou verão de janelas abertas e cheiro de lençol secando ao sol. Guarda-roupas mudam de tom. Cadeiras abraçam em novos formatos. Lembranças são tais que quebram e conquistam.
terça-feira, 8 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Anjo
'Anjo',
Óleo sobre tela, 50x70 cm
Agosto 2011
Minha irmã caçula me deu uma tela em branco e pediu-me para pintar um anjo. Esse foi o anjo que surgiu. Badida Campos - amiga, artista plástica e mestra - deu à pintura um poema do grande Quintana. Casamento perfeito! Ah...! A pintura não possui essa moldura branca. (^_~)
O Anjo da Escada
Mario Quintana
Na volta da escada
Na volta escura da escada.
O Anjo disse o meu nome.
E o meu nome varou de lado a lado o meu peito.
E vinha um rumor distante de vozes clamando
clamando...
Deixa-me!
Que tenho a ver com as tuas naus perdidas?
Deixa-me sozinho com os meus pássaros...
com os meus caminhos...
com as minhas nuvens...
Na volta escura da escada.
O Anjo disse o meu nome.
E o meu nome varou de lado a lado o meu peito.
E vinha um rumor distante de vozes clamando
clamando...
Deixa-me!
Que tenho a ver com as tuas naus perdidas?
Deixa-me sozinho com os meus pássaros...
com os meus caminhos...
com as minhas nuvens...
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