Arquetipos e Imagens Universais

E a tarde na foto desbotou. Virou verão de janelas abertas e cheiro de lençol secando ao sol. Guarda-roupas mudam de tom. Cadeiras abraçam em novos formatos. Lembranças são tais que quebram e conquistam.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Para Pedro

Segunda-feira, 19 de março de 2012 



Peregrino descalço, buscador
dos enigmas  encerrados nas nuvens
coleta nos bolsos invisíveis canções
de sereias, risadas de crianças,
conversas de amigos e palavras recém-nascidas.

Movimenta-se constantemente numa velocidade
esquecida pelos homens,  em um ritmo tão secreto
que  a urgência da alvorada apenas as cores
conhecem.

Muito bem! Aí está! Eis que fui eu
e não sou mais, dizem suas mãos
quando conta os tesouros que
colecionou.

Todas as horas são suas favoritas,
mas o amanhecer é o único que conta
sua história preferida.

Bom dia, eu disse a ele. Esta é a sua
poesia. Guarde-a nos seus bolsos invisíveis.
E fui embora com o vento.

0h37
20 março de 12
Terça-feira


segunda-feira, 12 de março de 2012

64

São quinze fotos tiradas entre 12h03 e 13h07 do dia 13 de dezembro de 2009. O título dado a este conjunto de fotos, 64, remete ao intervalo de sessenta e quatro minutos entre a primeira e última foto.

São fotos de um passeio dominical no bairro do Recife e no bairro de Santo Antônio, ambos são bairros do centro da cidade do Recife e ambos localizados em ilhas próximas ao litoral.  O passeio não buscou um registro específico de marcos identificadores, familiares ou imediatamente reconhecíveis da cidade. 

As imagens registram aspectos urbanos que são comuns a muitas cidades brasileiras que vão desde detalhes de edificações, personagens urbanas e objetos de uso comum.  

O estudo imagético tenta suscitar a reflexão das diferenças e semelhanças entre os centros urbanos do Brasil. Somos tão diferentes assim? O que nos faz igual? O que nos diferencia? Que retalhos de memórias nos identificam com este ou aquele lugar?

Todas as fotos na linha do tempo foram tiradas por mim.