Foto tirada por mim em 28 de janeiro de 2012, sábado.
Em um daqueles dias
em que meia manhã já partia
Num sábado meio embrulhado
por um laço de teimosia
a máquina caiu subjugada
por um conjunto perfeito
de luz e cor em harmonia.
Uma tarde tão preciosa
que só andando devagar
para este instante
sempre continuar.
Um impossível encontro
entre é, foi e será.
Delicado e exato
anônimo e indiferente
aos beijos que o Sol
lhe dava estava ele
rosáceo bem no meio do jardim.
Tão belo que estava
que a louca lhe rodeava
silenciosa e constante
capturando-o para sempre
em uma fotografia.
A imagem viajou, foi para
Longe, voltou, aterrissou
Trazia em umas linhas
um elogio torto
seguido de exclamação
‘que belo esse capim’.
A esse senhor meio absorto
Era devida de ato
uma explicação.
Nasce de um bulbo delicado
em poucos dias por ano
temperamental e sedento
aquele lírio perfeito.
As folhas finas e esguias
quando a flor se esconde
não são marcas
de planta qualquer.
Olhar mais calmo permite
que se veja o que
realmente é.
Desculpas são emitidas
para a flor nem de leve
ofendida
tão mesma que ela é.
E então assim
explicado foi
Que o lírio não é capim.
O que vc escreve, pinta e fotografa, Kyrti querida, é Arte maiúscula. Meu aplauso maior vai envolto em ternura.
ResponderExcluirBeijo, Badida.
Obrigada ilustre mestra por marcar sua passagem pelo meu blog! Agradeço suas maravilhosas palavras com profunda humildade. Um abração (^_^)
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